O euro ficou sob pressão com o rendimento crescente dos títulos - 11.4.2012

Dólar americano Com as preocupações crescente ligadas à crise da dívida europeia, e a queda da demanda por ativos de risco, o dólar americano conseguiu se fortalecer contra as moedas mais líquidas, com exceção ao iene. O índice do dólar passou de 80,00 e, em seguida, caiu durante o pregão asiático até 79,82. Ao mesmo tempo, no mercado podemos abservar um aumento no interesse dos títulos do Tesouro americano, e o rendimento dos títulos de 10 anos pela primeira vez desde o início de março caiu abaixo de 2%. Euro O euro enfraqueceu significativamente em relação ao iene, com base nas negociações de ontem, mas ficou mais estável contra o dólar americano e a libra esterlina. O curso da moeda única contra o iene caiu de 107,47 para 105,47, e esta manhã caiu para seu nível mais baixo nas últimas 7 semanas (105.45), ficando perto de 1,3100 contra o dólar. Ontem, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rahoy, afirmou que "a restauração da economia espanhola está sob ameaça". No mês passado, o primeiro-ministro já disse que o país não será capaz de reduzir o défice orçamental para 5,3% em 2012 de 8,5% no ano passado. A rendibilidade dos títulos de dez anos do governo espanhol começou a aumentar lentamente no começo de março, de 4,90% para 5,98% (máximo de quatro meses alcançado ontem). Assim, o spread do rendimento com os títulos equivalentes alemães ultrapassou 430 pontos. Os investidores também estão exigindo um prêmio mais elevado com a compra dos títulos italianos; o rendimento dos títulos de dez anos subiu ontem para 5,69% (o maior valor desde fevereiro deste ano), antes do leilão de hoje dos títulos a curto prazo em 11 bilhões de euros e antes do leilão de amanhã dos títulos a médio prazo. Outro fator que contribuiu para o enfraquecimento do euro foram os dados econômicos da França. A segunda maior economia da zona do euro reduziu o nível do sentimento dos negócios em março, e em fevereiro caiu 1,2% o volume de produção na indústria transformadora, seguido pela queda nas taxas em 0,1% em janeiro. Para hoje não há publicações importantes marcadas sobre as estatísticas na zona do euro, mas o relatório de amanhã sobre o mês de abril e os dados sobre a produção industrial em fevereiro, assim como a dinâmica da CPI alemã para março (que será publicada na sexta-feira), com certeza será de grande interesse para os investidores. Iene O iene continua a se reforçar, mostrando em abril um dos melhores resultados entre as moedas mais líquidas. Ontem, o iene subiu contra o euro e o dólar. A moeda americana caiu de 81,55 para 80,61, que é seu nível mais baixo nas últimas cinco semanas. Ao mesmo tempo, esta manhã no Japão foram publicados dados fortes sobre volume das encomendas industriais em Fevereiro. O índice subiu de 4,8% ao mês, ou 8,9% em termos anuais. Dólar canadense O dólar canadense ficou sob pressão ontem com a queda no valor do petróleo bruto, pela primeira vez desde o dia 13 de março, no maior exportador no Canadá, abaixo de de 101 dólares por barril. Ontem, o dólar americano subiu contra o dólar canadense de 0.9949 para 1,0044, e durante o pregão asiático até 1,0051 (seu nível mais alto desde 31 de janeiro deste ano), mas caiu para paridade até o final do pregão da manhã. Assim, antes da publicação no Canadá sobre os dados do volume de projetos de construção iniciados, o par está entre os limites do intervalo de preços de dois meses 0,9840-1,0050.