O dólar se fortaleceu após os dados sobre o mercado de trabalho - 5.9.2011


Os mercados europeus e americano ficaram sob pressão na sexta-feira, e hoje a queda nas cotações continuou durante o pregão asiático. O colapso foi causado pela publicação dos relatórios sobre o mercado de trabalho nos EUA na sexta-feira, que não mostraram crescimento no número de novas vagas de emprego em agosto. Além disso, a preocupação dos investidores está ligada com a piora nas expectativas da crise da dívida soberana europeia. Então, mais uma vez houve um aumento na demanda por ativos relativamente livre de riscos, tais como o U. S. Treasuries, causando um aumento significativo em seu preço. O rendimento dos títulos de dez anos dos EUA cairam na sexta-feira em 14 pontos até 1,99%, enquanto o preço do ouro subiu para 1.884 dólares por onça (se aproximando do máximo recorde em 1.912 dólares). Os mercados de divisas receberam um apoio das tradicionais moedas-refúgio: dólar americano, franco suíço e iene japonês. Dólar americano O dólar se fortaleceu contra o euro, dólar canadense, australiano e neozelandês. Na semana passada, o crescimento da moeda americana contribuiu para os temores de agravamento da crise da dívida na Europa e para a publicação de dados desfavoráveis sobre a economia na zona do euro. A principal moeda de reserva mundial também ganhou apoio após a divulgação dos dados que mostraram que não foram criadas novas vagas de trabalho em agosto (assim como os empregadores passaram a confiar menos na estabilidade da estabilidade econômica no país). A taxa de desemprego, ao mesmo tempo, permaneceu a mesma - 9,1%. Amanhã os investidores acompanharão de perto a liberação de dados sobre mudanças no setor não manufatureiro dos EUA, que deverá manter-se positivo em agosto, mas já não tão otimistas quanto ao mês anterior. O índice Institute for Supply Management pode cair até 51 em agosto, o que seria o menor nível desde janeiro de 2010. O índice do dólar, que reflete sua dinâmixa contra seis moedas diferentes (os principais parceiros comerciais dos EUA) subiu para 74,76 na sexta-feira, seu nível mais alto desde 12 de agosto. Euro O euro continuou sua queda de cinco dias em relação ao dólar, caindo de 1,4550 para 1,4135. A queda nas cotações da moeda única, entre outras coisas, contribuiu para adiar a reunião entre o governo grego e representantes do Fundo Monetário Internacional, o BCE e a comissão Europeia sobre a prestação de assistência financeira. As negociações foram adiadas devido a divergências sobre como reduzir o déficit orçamentário, de acordo com Wall Street Journal. O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, hoje fará um discurso em Paris, na véspera da reunião do BCE (a ser realizada em 08 de setembro), quando o banco central deverá manter as taxas de juros inalterada em 1,5%. Entre as estatísticas importantes, hoje gostaríamos de destacar um relatório sobre a dinâmica do comércio varejista em julho. Economistas estimam que as vendas na área do euro pode cair até 1% em relação a julho do ano passado. Dólar canadense O dólar canadense enfraqueceu na sexta-feira contra o dólar dos EUA, caindo de um pico de quase um mês, em meio a temores de que a economia global pode cair em recessão, causando uma queda significativa na demanda por commodities que contribuem muito para o PIB do Canadá. O PIB do Canadá caiu 0,4% no segundo trimestre, após subir 3,6% durante os primeiros três meses do ano, de acordo com relatórios da agência de estatística, divulgada na semana passada. Quanto ao mercado de trabalho, o número de novos empregos, de acordo com estimativas preliminares, pode chegar a 24.000 em Agosto após 7100 no mês anterior, e a taxa de desemprego continuará a mesma - 7,2%. Os dados oficiais serão publicados no dia 09 de setembro. O dólar canadense continuou sua queda contra o dólar dos EUA durante o pregão asiático de hoje: o par USD/CAD subiu até o máximo da semana em 0,9883.

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